Uma lenda lusitana nos conta sobre o significado da Rosa Azul.
Num antigo Mosteiro em Portugal, vivia um santo monge, que passava sua vida em oração e o cultivo de suas rosas.
Era um "jardineiro" das almas, além de das flores.
Era um "jardineiro" das almas, além de das flores.
Orava aos pés da cruz no silêncio do mosteiro, e depois ía para o cultivo de suas rosas, com as quais conversava, e assim também meditava nos males do mundo!
Mas o santo monge tinha um sonho: encontrar a rosa azul das lendas do Oriente, de que tivera notícia, uma noite, ao ler os poemas latinos dos velhos monges medievais. Para isso, casava ele as sementes, os brotos, fundia os enxertos, combinando as terras, com que as cobria, e as águas, com que as regava, esperando, ansioso, o aparecimento, no topo da haste, do sonhado botão azul!
Mas o santo monge tinha um sonho: encontrar a rosa azul das lendas do Oriente, de que tivera notícia, uma noite, ao ler os poemas latinos dos velhos monges medievais. Para isso, casava ele as sementes, os brotos, fundia os enxertos, combinando as terras, com que as cobria, e as águas, com que as regava, esperando, ansioso, o aparecimento, no topo da haste, do sonhado botão azul!
Ao fim de setenta anos de experiências e sonhos, em que se lhe misturavam na imaginação as chagas vermelhas de Cristo e as manchas celestes da sua rosa encantada, surgiu, afinal, no coroamento de um galho de roseira, um botão azul, como o céu. Centenário e curvado, o velhinho não resistiu à emoção: adoeceu, e, conduzido ao quarto, ajoelhou-se diante do Crucificado, pedindo-lhe, entre soluços, que, como prêmio à sua vida, não lhe cerrasse os olhos sem que eles vissem, contentes, o desabrochar da sua rosa azul.
Em volta do santo velhinho, todos choravam. E foi então que, divulgada de boca em boca, a notícia chegou a uma jovem de Portugal, fidalga e de habilidades no costurar e bordar, que compreendeu a importância daquele sonho se realizar...
Correu ela a seu quarto, onde passou a noite fazendo com suas próprias mãos, uma belíssima rosa azul de seda, a qual romatizou com essência de rosas.
No dia seguinte, pela manhã, falecia em seu leito o santo monge, sorrindo entre lágrimas de alegria, por ter nas mãos trêmulas, por um milagre do céu, a sua rosa azul!
A rosa azul representa a nossa luta metafísica pelo Infinito e pelo que é chamado inalcançável, e também a esperança de um dia nos tornarmos seres melhores, mais evoluídos, mais puros...
